CABO VERDE É O MELHOR DOS PALOP NO ÍNDICE SOBRE FINANÇAS

Cabo Verde ocupa o 16.º lugar entre 29 economias africanas num índice que mede o desenvolvimento dos mercados financeiros, feito pelo Absa e pela ONU, que coloca Moçambique e Angola em 23.º e 24.º lugar, respectivamente.

O Índice Absa dos Mercados Financeiros Africanos, feito pelo banco Absa em colaboração com a Comissão Económica das Nações Unidas para África, coloca Cabo Verde em 16.º lugar entre os países que mais desenvolveram os seus mercados financeiros no último ano, numa lista em que são analisados 29 países africanos.

Cabo Verde caiu duas posições este ano, passando de 14.º para 16.º, mas ainda assim no relatório salienta-se a aprovação de nova legislação que “permite a exploração de moedas digitais dos bancos centrais”.

Moçambique melhorou uma posição, passando de 24.º para 23.º, numa lista em que é elogiada a nova estratégia de inclusão financeira, ao passo que em Angola, que também melhorou uma posição para 25.º, é apontada a “impressionante queda na inflação”.

O relatório “avalia o desenvolvimento dos mercados financeiros em todo o continente através da lente da transparência, acessibilidade e abertura, fornecendo, nesta nona edição, um referencial para a infra-estrutura do mercado e uma oportunidade para os decisores políticos aprenderem com os melhoramentos feitos em todo o continente”, lê-se no documento.

As 29 economias representam cerca de 80% da população e também do Produto Interno Bruto (PIB) de África, dizem os autores do relatório que usa seis pilares para chegar ao índice final: profundidade do mercado, acesso a moeda estrangeira, transparência do mercado, do fisco e do ambiente regulatório, desenvolvimento dos fundos de pensões, ambiente macroeconómico e transparência, e padrões legais e aplicabilidade.

Para o director executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), que apoiou o relatório, o Índice “destaca a crescente importância do financiamento alinhado com o clima, com mais economias a emitir obrigações verdes e ligadas à sustentabilidade, a realizar testes de stress climático e a lançar plataformas como o primeiro mercado voluntário de carbono regulamentado de África”.

Num dos textos de abertura do documento, Claver Gatete acrescenta que “manter este impulso exigirá um compromisso inabalável com a transparência, a segurança jurídica e a expansão do investimento institucional doméstico” e conclui que “agora é o momento de ampliar as soluções dos mercados de capitais que se alinham com as prioridades do continente sob a Agenda 2063 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”-

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